O Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime do Ministério Público do Paraná, deflagrou a Operação Tanque Cheio, que apura ilícitos relacionados à compra de combustíveis pela Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Quedas do Iguaçu na sede do Legislativo municipal, em um posto de combustíveis e nas residências dos investigados.
Durante o cumprimento das medidas judiciais, expedidas pelo Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu, foram realizadas três prisões em flagrante.
Dois dos presos estavam com armas e munições ilegais, que foram apreendidas.
A terceira prisão foi por obstrução de justiça em crime de organização criminosa, o detido tentou destruir o aparelho de telefone, jogando-o no vaso sanitário.
Além disso, foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos que passarão por perícia e deverão servir como elementos de prova.
A investigação do Gaeco começou em abril de 2023, a partir do recebimento de uma informação anônima sobre superfaturamento de notas fiscais da Câmara. A partir disso, diligências preliminares foram realizadas e confirmaram irregularidades na aquisição de combustível, como, por exemplo, um consumo não condizente com a realidade local.
Para se ter uma ideia, entre janeiro de 2021 e abril de 2025 a frota de veículos da casa legislativa consumiu 85 mil litros de combustível, ao custo de quase R$ 700 mil ao erário, valor muito superior ao praticado por Câmaras Municipais de cidades que mantêm o mesmo número de vereadores e quantidade similar de habitantes ao de Quedas do Iguaçu.
Além das ordens de busca, também a pedido do Gaeco, o Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu determinou o afastamento das funções do presidente da Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu por 90 dias, bem como o bloqueio de R$ 500 mil dos investigados.
Foram aprendidos documentos e equipamentos eletrônicos.
(Rádio Educadora/Com Inf.MPPR)